Imprensa destaca nomeação de Lula como "manobra"

Uma gravação da Polícia Federal que teve como atores a presidente Dilma e o ex-presidente Lula, deixou clara a intenção de blindá-lo de ser investigado e julgado pela Operação Lava Jato, tornando-o ministro da Casa Civil. Tal atitude gerou uma série de protestos em várias cidades do país. Além da nomeação de Lula, outro fator que também contribuiu negativamente para o governo foi a divulgação de áudios da Operação Lava Jato, feitos pela Polícia Federal, entre o petista e a presidente Dilma Rousseff. Em uma das conversas, Dilma diz a Lula: "Seguinte, eu tô mandando o 'Messias' junto com o papel pra gente ter ele e só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?". Essa frase soou que a nomeação de Lula teve como objetivo garantir a ele foro privilegiado e configuraria tentativa de obstrução das investigações.

As conversas monitoradas sugerem também uma tentativa de influenciar o MP e o Judiciário.  Em diálogo com Wagner, Lula afirma que a “Suprema Corte está acovardada”. Segundo a Lava Jato, o ex-presidente se referia à atuação do STF perante a operação. Os advogados de Lula classificaram como “arbitrariedade” a divulgação dos grampos. O governo anunciou que vai “tomar as medidas judiciais cabíveis”. No final da tarde e à noite, milhares de pessoas protestaram em Brasília e em São Paulo. Também houve panelaços em várias cidades do País. O Diário Oficial da União publicou, em edição extraordinária, a nomeação de Lula como chefe da Casa Civil.

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