Em meio a sua despedida da vida política, o ex-presidente e ex-senador José Sarney endureceu a voz contra o governo Dilma Rousseff em sua coluna semanal no jornal "O Estado do Maranhão".Sarney mostrou-se indignado com o cancelamento da construção da refinaria Premium 1 anunciado nesta quarta-feira pela Petrobras, cujas obras estavam em andamento no município de Bacabeira, interior maranhense.
"O Maranhão recebeu apático uma decisão que é uma manifestação de discriminação, desprezo, ingratidão e injustiça. Que culpa tem o Maranhão pela corrupção e pela bagunça da Petrobras? Pagamos nós pela Lava Jato!", questionou Sarney, seguindo: "O Maranhão esperou 30 anos por um grande projeto de estrutura de base, para mostrar que o Brasil não pode continuar a ser dois Brasis, um rico e um pobre."
As críticas do ex-senador e aliado da presidente não se restringiram à refinaria e chegaram à política econômica de Dilma.
"Os fundos de participação dos Estados são contidos em limites precários, incapazes de fazer a diferença. Não há incentivos efetivos aos empréstimos dos bancos de desenvolvimento, como taxas de juro diferenciadas das dos estados ricos. A área econômica do governo é indiferente, ou mesmo hostil, a medidas que possam fazer os estados pobres competitivos, capazes de atrair investimentos que normalmente vão para os estados ricos", alegou Sarney.
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